terça-feira, 3 de julho de 2012

Medíocre ou Grandioso?




Algumas pessoas têm uma imagem elitista da escrita correta. E, a meu ver, estão completamente enganadas.
Escrever bem e corretamente pode dizer muito sobre você, talvez até sobre sua classe social, mas o mais importante é que pode indicar o quão educado você é.
Assim que entramos na escola, o que aprendemos primeiro são as letras. Aprendemos a escrever, porque dependemos disso para aprender qualquer outra coisa na vida acadêmica.
Passamos do pré escolar até as últimos dias da Universidade aprendendo como se escrever corretamente. Então, por que as pessoas insistem em se abster da escrita certa? O que acontece com as pessoas que acham mais bonito, mais "esperto" escrever de modo errado, desleixado, incompreensível?
Não há desculpa que me convença que a culpa é da internet. Em praticamente todos os sites e programas em que se digita uma palavra errada, ela é indicada com um traço vermelho que salta aos olhos de um cego, portanto, fácil saber quando se errou.
Mas o que realmente nos ensina a escrever é a leitura. Não só a leitura da escola, aquela obrigatória, como Dom Casmurro e Memórias Póstumas de Brás Cubas (que eu particularmente acho muito chato), mas aquela boa e velha leitura que te interesse.
Se passa o dia lendo sites, ainda que de bobagens, está lendo alguma coisa. Até mesmo esses domínios possuem pessoas qualificadas trabalhando na correção de seus textos para publicação, e raramente cometem erros grotescos que justifiquem a fixação desses erros na mente.
Desde criança leio muito. Gosto e não tenho compreensão com quem diz: "Não gosto de ler".
Isso não existe. Não gosta de ler Shakespeare (aliás, pouquíssima gente gosta), mas gosta de ler revistas de sacanagem. Ou seja, gosta de ler.
Qualquer, entendam: QUALQUER leitura te ensina alguma coisa. Pode não ser edificante, mas é educativa.
Qual, então, a relutância em escrever certo? Em se fazer entendido? Em mostrar que você é inteligente?
Conteúdo textual jé é outra história. Quando se posta no twitter que você está cansado, ou com sono, ou com fome, não faz a menor diferença ter lido Foucault, mas faz diferença se está escrito "cançado e cum fomi".



Chego à conclusão de que é pura preguiça. Preguiça de pesquisar a palavra no google só para ver se está certa. O que não custa alguns segundos. Preguiça de pensar. Existe coisa mais triste do que isso?
Seu cérebro está aí para que você tire proveito do há de melhor nele, não para ser mesquinho, pequeno, medíocre, mas para ser grandioso, útil, apreciado.
Pelo bem da sua descendência - e da minha - seja o mais grandioso que você puder.

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